Nosso primeiro croqui

Esta é a nossa primeira postagem do blog e nada mais justo que falar da ideia de criá-lo.
(Vale mencionar, de início, que a ideia original era que fossem duas postagens individuais. Mas como muitas informações são parecidas – ponto para a sintonia entre as autoras! Rs –, decidimos fazer apenas um).

A primeira razão, o inegável para nós: gostamos de escrever. De verdade. Fazemos isso por prazer. Eu, Renata, tenho um aplicativo no celular chamado Journey (super indico!), no qual posso escrever textos e adicionar fotos como se fosse um diário. Às vezes escrevo lá, só pra organizar as ideias, mesmo que ninguém (muitas vezes nem eu mesma) vá ler. (Eu, Jhessica, adorei a ideia e vou aderir!)

Nós duas também já tivemos blogs, mas sempre caiam no esquecimento. Eu, Renata, dificilmente divulgava meus blogs e, quando escrevia, não conseguia me abrir completamente ou demorava muito elaborando o texto, fatores que influenciaram na sua interrupção. Com o tempo, fui adquirindo mais conhecimentos sobre Análise do Comportamento e colaborando com artigos e capítulos de livro. Um texto que escrevi no final de um curso me rendeu o convite para participar de um blog grande, com orientações e cronogramas bem definidos. Tudo isso foi um aprendizado maravilhoso, mas somado a outras contingências, como o mestrado, me levou a encerrar minha participação no blog.

Já eu, Jhessica, tinha o “Típico e Peculiar”, onde fazia postagens sobre temas diversos (como moda, cinema, reflexões e humor). Gostava muito de publicar e sempre compartilhava com os amigos. Nos últimos anos, com o final da graduação e início da atuação profissional, aumentou o meu interesse em publicar sobre essas e outras questões, agora com a ênfase na Análise do Comportamento. Cheguei a publicar artigo (aqui) e capítulos de livro sobre cinema e ACT (confira aqui), além de dar algumas aulas na universidade, minicursos e apresentações em congresso. Mas com a alteração da rotina e sobretudo a ampliação do uso de redes sociais, comecei a direcionar meus registros informalmente nos meus próprios perfis. E quem me acompanha sabe que estou sempre dando uma dica de filme, compartilhando algumas reflexões ou sugerindo algumas intervenções. Mesmo assim, eu sempre senti falta de algo mais organizado, onde pudesse recorrer quando precisasse e não sentisse que aquilo estivesse sendo desperdiçado.

E aí entra a segunda variável (a primeira foi gostarmos de escrever): nós gostaríamos de escrever de maneira tranquila e relaxada, mantendo o caráter prazeroso da atividade. Devido às características dos sites e periódicos para os quais já escrevemos, os textos deviam ser bem elaborados, o que era um excelente treino, mas imagina o trabalho que dava? Acabava que o excesso de tarefas paralelas, as características da tarefa e os prazos deixavam tudo um pouco cinza. Vale ressaltar que consideramos muito importante que qualquer produção deva ser bem elaborada e fundamentada na teoria que defende (e nosso treino foi totalmente para isso), mas no fundo, a gente acredita que existem formas diferentes de fazer isso, e dessa vez vamos optar por algo que nos permita essa flexibilidade e que garanta nossa motivação.

Por fim, a nossa praia é clínica.

Eu, Renata, desde o ensino médio queria ser psicóloga clínica e professora, e, mesmo me permitindo conhecer as outras áreas de atuação, meu interesse continua concentrado nessas duas.
Eu, Jhessica, confesso que meu plano não era ser psicóloga (como digo, meu plano A é ser artista! Rsrs). Mas quando decidi cursar, desde o começo eu sabia: seria psicóloga clínica, compartilharia sempre daquilo que aprendi e encontraria uma forma de ser criativa nessa prática.

Felizmente, estamos fazendo o que queremos hoje. Temos a felicidade de dizer que trabalhamos com o que gostamos, da forma como acreditamos. Estamos sendo direcionadas pelos nossos valores. E isto nos dá mais vontade ainda de escrever.

Temos a qualidade ou o defeito de pensar muito no que fazemos e em como podemos fazer isso melhor. No dia-a-dia, nos deparamos com atividades ou situações que nos fazem parar e pensar em como podemos aplicá-las no consultório ou na sala de aula para alcançar objetivos terapêuticos e pedagógicos. Algumas vezes salvamos, tiramos prints, compartilhamos no grupo dos amigos do whatsapp ou registramos no bloquinho ou celular. Mas a verdade é que usualmente não tornamos a buscar o recurso, mesmo frente à situação para a qual nos programamos. É uma pena, porque muitas vezes a gente precisa trabalhar um aspecto X na terapia ou em sala de aula, e já ter o recurso em mãos facilita bastante, no lugar de ir buscar estratégias a cada demanda diferente.

Enfim, esse é o terceiro motivo, registrar e compartilhar atividades, situações e ideias que temos para intervir na clínica e para ensinar Análise do Comportamento aos nossos alunos, amigos e clientes.

E, por reforçamento positivo e estratégia de autocontrole, decidimos compartilhar desse projeto uma com a outra. Eu, Renata, com a Jhessica, terapeuta analítico-comportamental cheia das ideias, cinéfila, inteligente e gaiata. E eu, Jhessica, com a Renata, terapeuta analítico-comportamental, mestra, incrível, e quando ela era ainda minha monitora na graduação eu dizia “quando crescer quero ser igual a ela”.

Nosso objetivo é compartilhar e discutir com vocês o que descobrimos e aprendemos, de maneira tranquila e relaxada, sem muita preocupação com fornecer respostas ou produzir de forma sistemática e impecavelmente correta – mesmo que isto signifique nos expor e enfrentar nossas próprias inseguranças e limitações, em prol de uma atuação cada vez melhor na área.

É um desafio para nós, sempre tão exigentes com aquilo que fazemos… Mas isso faz parte da nossa jornada de nos tornarmos mais flexíveis e mais direcionadas por aquilo que valorizamos.

Você é convidado para compartilhar da nossa caminhada, das nossas reflexões, das nossas ideias… do nosso croqui!